domingo, 25 de novembro de 2007

O Canoro Sabiá, Garoto Bossa Nova




O Canoro Sabiá
Garoto Bossa Nova


(1)

G6 G7M G6 G7M G6 Am7 Am6
Procuro entre galhos e folhas o canoro sabiá

Am7(b5) D7(b9) G7M G6
Mergulho os olhos nas folhas molhadas de Sol

Cm7 Cm6 Bm7 E7(b9)
Folhas que dançam ao vento, ao compasso e tempo em que canta o sabiá


Am7M Am7 D7(9) Am7(11) Ab7(#11)
meus olhos fazem querer ficar


(2)

G7M G6 G7M G6 Am7 Am6
Procuro entre galhos e folhas o canoro sabiá

Am7(b5) D7(b9) G7M G6
Mergulho os olhos nas folhas molhadas de Sol

G7
Então me deixo a estar

C7M Cm7 Bm7 Bbm7 Am7 Ab7(#11) G7M G6
Então me deixo a ficar olhando entre galhos e folhas o canoro sabiá

(3)

G7M G6 Am7 Am6
Bom é poder estar ouvindo o sabiá,

Am7 Am7(b5) D7(b9) Bm7 E7(b9)
Ven....................do as variações das nuvens

Am7M Am7 D7(9) Am7(11) Ab7(#11)
que deixam o Sol brilhar...

G7M G6 G7M G6 Cm7(13)
Varia a forma da nuvem que vejo o Sol tapar

G7M G6 G7M G6 G7 Cm7
Varia o brilho das folhas na ausência do Sol e o sabiá

Bm7 Bbm7 Am7 D7(9) Ab7(#11) G7M G6
seguindo a cantar seu canto sem nunca deixar de va.......ri..............ar

(repete parte 2)



(4)


Am7 Am7(11) Ab7(#11) G7M Em7 Am7 D7(9) Ab7(#11) G7M G7M
o canoro sabiá o canoro sabiá


Minha Redação do Enem

O Desafio de Se Conviver Com a Diferença


Por que o conviver-se com a diferença pode ser um desafio? Existem diferenças de raça, cor, credo, diferenças culturais, étnicas, etc. Existem diferenças que o homem herda e outras que adquire do meio em que se cria e se desenvolve.

O racista se incomoda com a diferença genética que resulta na imensa e bela variedade de raças, cores de pele e cabelo, formatos de rostos, etc. Quem sabe explicar por que um racista rechaça um indivíduo que possua características de aparência distintas às suas?

Bem, esse assunto pode tomar vários rumos... Então vamos ao grão! Acho que a principal dificuldade em se conviver com a diferença, com a variedade, surge devido ao costume de se forçar as coisas a se encaixarem em categorias genéricas. Nos acostumamos a ver as coisas não diretamente, mas, conforme os costumes que adquirimos e criamos na cultura que estamos inseridos. Geralmente quando olhamos um indivíduo negro, árabe, judeu, budista, alemão, etc, não o conseguimos ver totalmente livres da ótica preconceituosa que acumulamos em nós. O mais comum é vermos apenas os preconceitos que herdamos e passamos adiante mecanicamente.

Acho que a partir do momento em que enxergarmos o milagre que é qualquer ser humano em sua individualidade passaremos a aprender a nos beneficiar com as variedades culturais, raciais e idiossincráticas ao invés de rechaçá-las. Quando passarmos a ver o mundo diretamente, colorido como é, e não através dos preconceitos cinzentos que nos impossibilita a livre inteligência; conviver com a diferença não será mais um desafio e sim uma coisa almejável, uma benção.

(Minha nota foi 50,0)

segunda-feira, 9 de julho de 2007

Eu não existo sem você, Tom Jobim e Vinícius de Moraes

O Acendedor de Lampiões da Rua, Jorge de Lima



Lá vem o acendedor de lampiões da rua!
Este mesmo que vem infatigavelmente,
Parodiar o sol e associar-se à lua
Quando a sombra da noite enegrece o poente!

Um, dois, três lampiões, acende e continua
Outros mais a acender imperturbavelmente,
À medida que a noite aos poucos se acentua
E a palidez da lua apenas se pressente.

Triste ironia atroz que o senso humano irrita: —
Ele que doira a noite e ilumina a cidade,
Talvez não tenha luz na choupana em que habita.

Tanta gente também nos outros insinua
Crenças, religiões, amor, felicidade,
Como este acendedor de lampiões da rua

Olê, olá; Chico Buarque

sexta-feira, 15 de junho de 2007

Krishnamurtiano?




Te quero comigo constante e bem teimosa...
Vem tenaz e paciente visão atenta;
os grilhões do mistério vem e arrebenta,
me queima a ilusão de conclusão da prosa...

Me livra desses sonhos que advem da glosa
dos conceitos do tempo que a memória inventa,
dos prazeres escusos da razão cinzenta,
do sono que vem da certeza vergonhosa....

Minh'alma sedenta alimente transformando
as impressões da vida em vida impressionável...,
os detalhes mais esconsos, em consciência...

Roube da memória o governo tão nefando
do sentido da vida, livre e inefável,
Visão Atenta que dilui a sonolência...

Minha saudade, João Donato e João Gilberto

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2007

Luxúria


Da incontinência está na origem...
De qualquer vertigem domina a rédea...
Nem mesmo o mar arrefece a tragédia
se acende o fogo por alheia virgem...

Com ela os homens há tempos convivem...
Por ela é que vivem na tragicomédia...
E da oração que a tolhe, impede-a,
se acercam somente os que se corrigem:

São os que lobrigam na concupiscência
a vil ascendência de seus sofrimentos,
dos sete pecados toda a continência...

A serpe luxúria é a mãe dos tormentos...
da ira, d’orgulho, da inconsciência...
Onde há incidência só ficam lamentos...

Pra Que Chorar, Baden Powell & V.de Moraes,Garoto Bossa Nova

E a Vida Vem e Passa de Repente...


E a vida vem e passa de repente...
E a gente, indiferente, a vê passar
há um palmo do nariz, à nossa frente...
Do presente nos transporta o pensar...

E ao fim da caminhada o pesar,
com o medo, é o que empesta a nossa mente...
“Sou feliz! A minha vida é cantar!...”
Quem o diz, muito ignora, pra si mente...

Na semente desse mal está o ego...
Como prego em toda Essência atarraxado...
Só não vê quem do olhar da Alma é cego...

E o ego (que são eus) pluralizado
é luxúria, tédio, injúria, todo credo...
É dos Sete Capitais qualquer Pecado...

Imagem, Luiz Eça & Aloysio de Oliveira, Garoto Bossa Nova

Onírico


Transportado ao além
de minhas possibilidades
por desejos, veleidades,
por lembranças de alguém

me suponho no aquém
em um sonho de inverdades
onde faço as vontades
que dissimulara bem...

Saber que estou sonhando,
o onírico apalpar,
tanto aqui como acolá...

me auto-observando
é possível conquistar
se elimino a parte má...

O Barquinho, Roberto Menescal & R.Bôscoli, Garoto Bossa Nova

Só Pra Ver Como É Que É...

Quero fazer um soneto
só pra ver como é que é...
Não termino meu café
se não faço este quarteto...

Já tomei meu café preto!!!
Lá vens tu com cafuné?!?
Mas daqui só tiro o pé
pra partir para o terceto...

Não saiu bem no padrão
minha derradeira rima...
todavia esse defeito

não me tira a animação
de estar do fim em cima
de um soneto por mim feito.

Meditação, Tom Jobim & Newton Mendonça, Garoto Bossa Nova

segunda-feira, 29 de janeiro de 2007

Gente Existe Para Perceber...




Pra que surja o novo..., fico ligado, antenado, desperto amplamente... sem saber... percebendo conscientemente... me alimentando do aqui, agora, dentro e fora...
Aí surge compreensão do trabalho... o caminho se descortina e se desanuvía...
Devo abandonar a aquisição convencional de informação: busco saber e por conseguinte é condicionado, esse saber, pela intenção da busca...
É forçoso não saber... não ser quem penso que sou com todos seus atributos e penduricalhos da personalidade, adquiridos do meio, do mundo, do condicionamento ancestral...
Deixo de ser eu mesmo, ou um centro buscando..., de um só golpe, quando me torno pura atenção, pura percepção...
Aí percebo que sou como um instrumento de percepção, como uma webcam, transmitindo dados para uma inteligência superior, que os digere, nos alimentando...
Estar consciente é estar se alimentando...
Vou me alimentar... talvez escreva mais...
A Consciência alimenta!...